Livro de Receitas na Cozinha Industrial?

Fundamental nas cozinhas de todo o mundo durante séculos, o livro de receitas pode até ter sofrido mudanças nesses dias tecnológicos, mas mantém sua essência.
O que hoje é visto, muitas vezes, como peça de decoração, ou herança da vovó, já foi um artigo de luxo e usado até pelos médicos, no preparo de elixires medicinais. Interessante, não?!
Historiadores datam o primeiro livro com descrições gastronômicas no século IV a.C., escrito pelos gregos. Por ser bem primitivo, continha apenas descrições de pratos, chás e xaropes.
Na Idade Média, os franceses começaram o costume de escrever suas receitas à base de peixes. Mas foi na Itália, que publicaram os primeiros livros de receitas, que mantém a mesma estrutura nos dias atuais!
Escritos por chefes de cozinha, o primeiro livro italiano de receitas já dispunha de ingredientes e suas quantidades, assim como o modo de preparo e algumas ilustrações. Foi publicado em Veneza, em 1541, o intitulado Le Bastiment de recettes era uma compilação de sobremesas elaboradas feitas pelos chefes que acompanhavam Catarina de Médicis – nobre italiana, que se tornou rainha consorte da França.
Com o passar do tempo, os livros de receitas foram ganhando atualizações e especialidades. Conforme as tecnologias foram surgindo, eles começaram a ficar mais baratos e mais atraentes. A invenção da fotografia colorida, por exemplo, foi muito importante, por permitir a experiência de comer os pratos com os olhos antes mesmo de serem feitos.
Nos dias de hoje, a procura por uma receita folheando um livro pode até ser substituída por aplicativos nos smartphones, mas quem tem e usa um livro de receita entende o prazer que a experiência de folheá-lo proporciona.
Mesmo numa cozinha industrial, preparando alimentos em grandes quantidades, toda ajuda é bem-vinda, não é mesmo?! Todos os dias podemos aprender mais e aperfeiçoar a arte da culinária.